Interoperabilidade clínica – Em quatro décadas, a expectativa de vida do brasileiro saltou de 62,52 anos em 1980 para 75 anos, em 2018, segundo dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora o aumento da perspectiva de vida deva ser comemorado, os desafios na área da saúde, com a baixa capacidade do sistema de saúde em atender a alta demanda para esse tipo de atendimento, e a ineficiência em processos simples como a interoperabilidade de dados clínicos, trazem à luz a discussão sobre as oportunidades que o setor de tecnologia tem pela frente.
E, essa é uma das razões que a saúde é o setor da economia que mais tem experimentado uma modernização de processos com novas ferramentas e soluções tecnológicas, que estão provocando uma transformação no segmento.
De acordo com a IDC, o mercado de TI vai movimentar US$ 2,7 trilhões até 2020 e boa parte desse montante será aplicada na área da saúde.
Os avanços trouxeram inúmeros benefícios para essas instituições, mas ainda há um gargalo a ser superado: como registrar o histórico dos pacientes?
Do médico residente em uma UBS ou de um hospital, do Norte ao Sul do país, as informações dos pacientes geralmente residem em vários locais dispersos.
E pior que isso, a falta de conhecimento do histórico de atendimento é a causa de um enorme prejuízo para os hospitais do Brasil.
Segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), o desperdício com fraudes, compra indevida de insumos, e exames desnecessários, chegou à cifra de R$ 100 bilhões no ano passado. Infelizmente, a repetição de exame se tornou uma realidade do Brasil, porque os sistemas hospitalares ainda estão presos ao papel e os sistemas internos não se comunicam, e esse problema gera prejuízos tanto aos sistemas públicos e privados de saúde.
Mas há uma saída para reduzir esses custos e garantir que os dados do paciente permaneçam acessíveis: Investimento em interoperabilidade.
Mais que uma tecnologia, a integração de dados é um conceito que assegura que os sistemas de saúde e seus funcionários troquem informações de maneira eficaz e coordenada – evitando retrabalhos e desperdícios, mitigando riscos relacionados a falhas humanas quando lidam com informações sensíveis de pacientes. e isso acontece porque esse tipo de solução não visa apenas oferecer aos provedores de saúde uma vantagem competitiva em relação a concorrência, mas permitir que os pacientes sejam atendidos de forma mais rápida e eficiente.
Imagine que sem acesso a todas as informações do paciente, os médicos não estão preparados para tomar as melhores decisões sobre diagnósticos, mas basta algumas etapas simples para que as organizações se tornem bem sucedidas ao tornar os sistemas hospitalares interoperáveis.
O primeiro passo é a integração interna. O que motiva a digitalização de dados da saúde é a busca por eficiência operacional, um aspecto vital em um setor tão sensível. Embora a adoção generalizada de registros eletrônicos de saúde (EHRs) seja considerada uma vantagem estratégica, nem sempre é fácil de ser alcançada.
Uma pesquisa da revista americana, Becker’s Hospital Review, principal publicação do segmento hospitalar no mundo, mostra que para 72% dos gestores da área, a falta de capacidade de integrar todas as informações, de vários setores dentro de um centro clínico, impede a redução de carga de trabalho de colaboradores e prejudica a eficiência da operação. Garantir o sucesso do gerenciamento de todas essas informações é o primeiro passo na preparação para uma interoperabilidade em larga escala.
Depois, é preciso assegurar a integração com a automatização de processos manuais. Muitas corporações ainda operam em uma infraestrutura desatualizada que requer trabalho manual para coletar e transferir todas as informações. Essa tarefa gera gastos excessivos com a força de trabalho e, mais do que isso, demanda tempo em atividades que poderiam ser facilmente automatizadas.
A interoperabilidade aqui visa reduzir esses custos e liberar os funcionários para se concentrarem em atividades mais estratégicas e de maior valor para a organização e para a vida das pessoas.
Por fim, é preciso estar preparado para as transições constantes. É possível que a criação de um novo departamento afete o orçamento da instituição.
Ou talvez, a mudança de um fornecedor de estoque venha impactar a cadeia de fornecimento de insumos ou de equipamentos. Uma estratégia bem sucedida de interoperabilidade deve levar em conta essas mudanças, garantindo que elas não interrompam a capacidade de trafegar os dados entre sistemas.
Depois dessas etapas, podemos trazer a discussão para um próximo nível: o do empoderamento. É que com os dados na palma da mão, o paciente pode ter acesso ao seu histórico clínico, tornando-se mais responsável pela sua própria saúde e capacitado para cobrar por um atendimento melhor. E, para as organizações, o benefício é ainda maior, porque a eficiência criada por uma base analítica de informações clinicas permitem otimizar a oferta de serviços, e, reduzir custos desnecessários causados pela ineficiência e repetição de processos.
Então, a área da saúde também precisa enxergar que a salvação para muitas vidas está também na inteligência e integração de dados.
* Diretor Estratégico da Divisão de Saúde da Infor.
Entretenimento, produtividade e suporte. Entre muitas outras funcionalidades, os aplicativos surgiram para facilidade as nossas vidas. E quando o assunto é saúde e bem-estar não poderia ser diferente. Existe uma variedade enorme de app disponíveis em IOS e Android para ajudar você a meditar, perder peso, exercitar-se, balancear melhor a sua alimentação e até monitorar a glicemia…
Esse aplicativo traz uma série de exercícios de meditação feitos exatamente para ajudá-lo a manter a calma. O app conta com vários módulos que cobrem desde os níveis introdutórios até os mais avançados, então é fácil usar o aplicativo independente de seu nível de experiência.
“Esperamos que você nunca necessite deste aplicativo, mas caso precise, ele poderá salvar sua vida”, este é o lema do SOCORRO, um app brasileiro criado para dar suporte em situações de emergência.
Caso você necessite ser socorrido, este aplicativo informará na tela de seu celular informações como:
nome, data de nascimento e sexo;
altura e peso;
se é doador de órgãos;
tipo sanguíneo;
o uso de marca-passo ou se possui alguma deficiência física;
se tem doenças crônicas ou alergias;
medicamentos que toma;
dados do plano de saúde;
contatos para situação de emergência.
O app tem ainda botão de emergência para acessar telefones úteis (polícia, bombeiro e Samu)
Este pode ainda ser configurado para enviar um SMS com pedido de ajuda para alguém que você determine ou uma mensagem via Twitter para seus seguidores.
O app Water your body calcula, a partir do seu peso, o quanto você precisa beber de água por dia.
Você determina como vai gerenciar, se é por copo, garrafa ou litros e a partir dai, o aplicativo vai monitorando os intervalos, quanto já bebeu e quanto falta para bater a meta do dia.
Esse aplicativo é bem interessante para quem quer um acompanhamento na dieta.
A primeira interface tem os seus dados (peso e altura), e também a sugestão da ferramenta sobre a meta de perda de peso.
A segunda possui um sistema de pontuação em que você marca tudo o que come e atribui uma pontuação para cada alimento (tipo Vigilantes do Peso). Ao final é só olhar o saldo e ir selecionando refeições balanceadas.
Na terceira interface deste app você vê um gráfico com a evolução da sua dieta.
A app possui ainda uma versão paga, em que é possível adicionar atividade física, contabilizando pontos bônus e auxiliando no controle da dieta, além de oferecer cardápios personalizados e orientação sobre o que comer. Nesta versão é possível participar de reuniões online com especialistas.
Criado por um grupo brasileiro de nutricionistas, o NutraBem é um app que tem como objetivo auxiliar na reeducação alimentar e por que não dizer na redução de peso também.
A ferramenta é capaz de calcular o índice de massa corporal (IMC) e de analisar o perfil de consumo do usuário, passa assim, auxilia na adequação de costumes alimentares para uma refeição balanceada.
O NutraBem não necessita de internet, o que facilita seu uso em qualquer lugar e a qualquer hora.
Veja outras funcionalidades:
Possibilita o registro diário das refeições e aponta as calorias consumidas X recomendadas;
Disponibiliza mais de 1.500 alimentos e receitas para escolha do usuário, sendo os preferidos apresentados primeiro para agilizar a inclusão;
Apresenta os grupos de alimentos em uma tabela de equivalência nutricional que auxilia na variedade e substituição diária de alimentos;
Permite o acompanhamento semanal do consumo por grupos de alimentos, apontando as tendências a desequilíbrio;
Adota um sistema fácil de inclusão de alimentos a partir das medidas caseiras geralmente utilizadas;
Inclui uma seção de dicas importantes das nutricionistas sobre alimentos, refeições e tudo relacionado ao mundo da nutrição;
Permite inserção de peso, exibindo um histórico da sua evolução de peso;
Registro do consumo diário de água;
Integração com Facebook;
Exporta dados imputados para envio ao seu nutricionista (formatos txt ou CSV).
O app Instant Heart Rate consegue medir sua frequência cardíaca, utilizando o celular.
Para que ele funcione, você precisa apenas pressionar o dedo indicador em cima da lente da câmera por 15 segundos e ele fará a medição do fluxo sanguíneo entre cada batimento cardíaco. É importante que faça isso em ambientes bem iluminados.
O Instant Heart Rate mostra em tempo real (e armazena históricos) gráfico PPG (ECG / Cardiograph) para você ver todos os seus batimentos cardíacos e possibilita a monitoração da sua frequência antes, durante e depois de exercícios.
O Period Tracker (Calendário Menstrual em português) funciona de forma bem simples, ajudando as mulheres a acompanharem seu ciclo menstrual através do app.
Para começar é só inserir o primeiro dia da menstruação do mês em que começou a usar o aplicativo. Após o terceiro ciclo ele indicará baseado nos meses anteriores, quando, aproximadamente, será a próxima menstruação.
Outras funcionalidades dele é saber os dias de evolução, quantos dias faltam para a próxima menstruação e o quanto ela está atrasada (caso estiver), o controle do peso e o monitoramento de temperatura.
Criado para auxiliar quem pratica exercícios, ou quer começar, o Google Fit monitora o quanto você caminha, corre e pedala por dia, através do acelerômetro e do GPS do celular.
Com essa ferramenta, você cria metas e acompanhe a perda de peso, para isso basta editá-lo com as suas características.
A partir da instalação do aplicativo, ele rastreia todas as movimentações que você fizer automaticamente e de forma silenciosa, sem precisar acioná-lo.
Caso o exercício que você irá realizar não permita o uso do aparelho, você pode ir ao Menu e entrar na aba “Adicionar Atividade”, nela basta você adicionar a atividade realizada e o tempo gasto nela.
O Google Fit lhe garante relatórios frequentes para que você esteja sempre informado do quão perto está de concluir sua meta.
Ainda na temática dos apps de exercícios, RunKeeper vem para oferecer opções ainda mais avançadas para quem quer monitorar sua corrida. Com ele, é possível saber exatamente quanto percorreu ao se exercitar, e também criar um mapa detalhado de todo o seu trajeto, para acessar online quando quiser.