EvoluTI reúne profissionais de TI para debater as tendências e oportunidades do setor em 2019. CyberSecurity e soluções em Nuvem devem alavancar os números, impulsionado pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e Trabalho Remoto.
Marco Lagoa (Witec it Solutions) faz a abertura do Evoluti
O Brasil está entre os 10 melhores mercados mundiais para o setor de Tecnologia da Informação. O crescimento em 2017 descolou de outros segmentos e chegou a 4,5% de acordo com o estudo anual da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software).
Hardwares, softwares, serviços e Telecom (TIC) brasileiros, receberam mais de U$105 bilhões em investimentos no ano passado e é aposta para continuar crescendo nessas bases pelos próximos 3 anos.
Para debater o mercado e as vertentes que impactam neste crescimento, cerca de 150 profissionais ligados a Tecnologia da Informação estiveram reunidos em São Paulo, no último dia 10 de dezembro, onde aconteceu a segunda edição do EvoluTI.
Carol Lagoa recebe certificado Evoluti
Segurança da Informação e Trabalho Remoto (Officeless) foram apontados entre os temas que mais devem fomentar o crescimento do setor, de acordo com o Idealizador do EvoluTI e CEO da Witec It Solutions, Marco Aurélio Gardini Lagôa. “Com as novas configurações de trabalho, a necessidade de Comunicação e a colaboração segura fomentam a tecnologias de CyberSecurity e principalmente soluções em Cloud. Estes devem, inclusive, ser itens imprescindíveis dentro de um Compliance e que com certeza impactam os investimentos em TI”, prevê.
O EvoluTI é promovido pela Witec it Solutions e Bernardes Treinamentos Online, com o patrocínio da Microsoft, Addee Solarwinds MSP, Plantec, Westcon Americas, Acorp do Brasil, Direct Call, Desk Manager, Khomp, Barco, Dropsuite, 3CX, Jabra e Layu Impressões.
Quando você trabalha em uma empresa, remoto, independente do tamanho ou formato, você já sabe que vai conviver com diferentes perfis de pessoas. Agora, quando você trabalha remotamente, você entende que mais do que conviver, é preciso entender e aceitar as particularidades da rotina de cada um para que isso não afete o trabalho do time como um todo.
Trabalhar remoto e fazer parte de um time distribuído é, antes de mais nada, saber respeitar as diferenças. Não há imposições e a rotina de ninguém é mais importante do que a do outro.
Se você gosta de ir ao shopping de tarde, visitar a família ou fazer um esporte, tanto faz. Isso não importa para o seu time. Desde que isso esteja alinhado com a equipe, você pode ter tudo isso e continuar sendo produtivo nos seus horários.
No Google, por exemplo, falam que o sucesso de um time está ligado ao conceito do psychological safety (ou segurança psicológica) que é uma cultura onde cada pessoa pode falar das suas necessidades e do que funciona para si sem ser julgado ou que alguém desconfie dela.
Nas palavras do autor Charles Duhigg dos livros Smarter, Better, Faster e Poder do Hábito:
“Teams succeed when everyone feels like they can speak up and when members show they are sensitive to how one another feels.(…) They will succeed because teammates feel like they can trust each other, and that honest discussion will occur without fear of retribution.”
Em uma tradução livre, Charles Duhigg quer dizer que as equipes têm sucesso quando todos sentem que podem falar e quando o time é sensível a forma como elas se sentem. É uma forma de construir discussões honestas e sem medo.
Até porque, se alguém não pode ser ele mesmo e explanar o que gosta de fazer, a longo prazo, isso irá consumir a sua energia emocional e vai levar ao desengajamento e insatisfação no trabalho.
O que eu preciso para criar segurança psicológica no meu time?
Três coisas que, se aplicadas, vão ajudar e muito a alinhar rotina individual com o trabalho: transparência, confiança e alinhamento.
Na prática, o segredo para que um time esteja em sincronia é deixar óbvio para todo mundo o papel de cada pessoa: o que ela precisa fazer, para quando, porque e com quem pode contar. Desde o início de um projeto, marque com o seu time todas as reuniões recorrentes e datas e horários de entregas para que ninguém seja pego de surpresa e possa adequar a sua rotina aos combinados.
Mas também, nem sempre tudo sai como o planejado. Alguma parte do trabalho pode ser mais complexa do que o esperado e o cronograma pode ser alterado. Se isso acontecer, não entre parafuso achando que isso pode atrapalhar e fazer com que algum plano pessoal seu vá por água abaixo.
Nesses casos, por exemplo, se o projeto tem duração de um trimestre, sugiro que, além das reuniões semanais de acompanhamento, o time tenha uma reunião mensal para olhar de uma forma macro a evolução do trabalho, ver o que está funcionando ou não e decidir o que vai fazer a partir disso, o que vai mudar e o que vai continuar fazendo. Planeje novamente quantas vezes for necessário!
Para finalizar, queria perguntar para você: Quem você gostaria de ser trabalhando remotamente? Qual é a rotina que você quer seguir? Nós, do Officeless, mapeamos alguns dos diferentes perfis que compõem um time distribuído. E acreditamos que, mesmo sendo tão diferentes, todos eles podem compor uma ótima equipe se todos estiverem caminhando na mesma direção. 💜
Desbravador Onipresente: É aquela pessoa que gosta de explorar novos locais de trabalho, muda de lugar o tempo todo e, ainda assim, está sempre pronta para trabalhar com o time distribuído. Essas mudanças constantes não afetam em nada o dia a dia de trabalho, afinal, ela trabalha de onde for desde que possa colecionar experiências!
Corujão: Trabalhar em horários convencionais não funciona para esse perfil. Essa pessoa é do tipo que prefere trabalhar e ser produtiva enquanto os outros estão descansando, seja bem cedo pela manhã ou tarde da noite. Os prazos estão sempre em dia, mas é preciso respeitar o seu relógio biológico.
O Caseiro: Pode ser esposo (a), namorado (a), irmão (a), filho (a), amigo (a), cachorro, gato, papagaio ou esquilo, essa é aquela pessoa que adora trabalhar home office só para poder ficar mais próximo de quem ama e trabalhar remotamente é uma oportunidade para isso.
Realizador de sonhos: Morar na praia quando se aposentar? Que nada! Esse perfil acredita que os sonhos estão aí para serem vividos e que não é preciso esperar se aposentar ou abrir mão da carreira profissional para fazer isso acontecer.
Esquivador de interrupções: Esse perfil representa aquelas pessoas que adoram ficar longe do escritório para focar nas tarefas que realmente importam. Gostam do sossego e são nesses momentos que sentem mais produtivas, mesmo assim, continuam conectados com o time através dos canais de comunicação combinados pela equipe.
E aí, se identificou com algum perfil? Se você ainda tem mais alguma sugestão, envia para a gente, vamos adorar incluir em nossa listinha.
Ouço muitas pessoas perguntarem se o trabalho remoto poderia ser aplicado em suas empresas. E acho que não vale a pena tentar citar todas as empresas ou tipos de organizações que poderiam aplicar esse modelo. O principal está em entender que implementar essa forma de trabalho. Não precisa ser tudo ou nada, preto ou branco, 8 ou 80.
A melhor pessoa para conhecer o contexto da sua empresa é você, pois cada cenário é único. Mas, para que essa pergunta não seja respondida com um grande viés. Acho que vale fazermos uma reflexão. Será que precisamos restringir o trabalho remoto porque ele não pode ser aplicado em 100% dos casos?
Tá, mas, o que quero dizer com isso?
Trabalhar de onde e quando quiser. Isso não é uma realidade que pode ser aplicada para todas as profissões (na minha opinião, ainda). Mas, na maioria das vezes, existem atividades específicas que podem ser executadas remotamente. E é assim que você começa a implementar, em pequenas doses, o hábito do trabalho remoto.
Por exemplo, em uma produtora de vídeo, uma pessoa ainda precisa estar lá no ambiente no momento da captação das imagens. Mas será que as outras atividades desse processo não poderiam ser feitas de forma remota? Se a empresa trabalhar com o armazenamento em nuvem, que hoje é mais do que comum. Talvez não faça sentido limitar que o restante só possa realizado no espaço físico da produtora.
Em outras situações, inicialmente, o trabalho remoto pode surgir como uma medida para resolver um problema emergencial. E, aos poucos, começar a ser implementado na cultura da empresa.
Imagine que você fechou um novo projeto e precisa expandir a equipe, mas não há mais estrutura física para isso ou o negócio está localizado em uma pequena cidade em que é difícil encontrar profissionais qualificados para essa área de atuação.
Você não precisa tomar grandes decisões, revolucionar tudo de um dia para o outro ou fechar a sede do escritório da empresa e mandar todo mundo trabalhar de onde quiser. Porém, essa pode ser uma ótima oportunidade para você olhar para os seus processos, traduzir eles para um ambiente digital e começar a fazer novos combinados com o time.
Aqui vai o exemplo de algumas empresas que decidiram tomar o primeiro passo e com a ajuda do Officeless estão construindo essa nova cultura de dentro para fora.
“Depois do treinamento e do engajamento das pessoas, vejo que é possível e totalmente factível de implementar essa cultura do trabalho remoto. Começar a expandir aos poucos, com times menores, e depois ir crescendo.” – João Trotta Borges | Conta Azul.
“Nós queríamos que a nossa rede entendesse melhor esse novo ecossistema de trabalho. Desconstruir o que de fato seria uma organização, uma ordem e mostrar que existem diversas formas de se trabalhar.”- Karine Uehara | Springpoint
O trabalho remoto não é apenas uma questão de estrutura física e sim de introduzir, aos poucos, um novo mindset e de enxergar possibilidades e quais atividades podem ser feitas remotamente ou não. Só que para tudo isso acontecer você não pode estar sozinho nessa. O apoio do time, com pessoas engajadas, é muito importante para transformar essa prática parte da cultura da empresa.
Quero experimentar o trabalho remoto com o meu time. Por onde posso começar?
Aqui o principal ponto é entender que essa é uma nova forma de trabalho. Então, a equipe precisa estar alinhada com a transição e novos combinados precisam ser feitos. Existem algumas perguntas básicas que podem ser respondidas para ajudar a tornar essa etapa de transição uma fase positiva e não turbulenta. E se nem tudo sair como o planejado, tudo bem, isso é normal, sendo assim, adapte e tente de novo.
1. Quais atividades podem ser feitas remotamente?
Esse é o momento em que você e seu time mapeiam tudo o que pode ser feito, de qualquer lugar, fora do escritório. E entendem a razão pela qual outras atividades ainda precisam ser presenciais.
2. Como o time vai poder ter acesso às informações e aos materiais dos projetos?
De nada adianta ter um computador e acesso à Internet, se você e seu time não conseguirem acessar dados relevantes para avançar o trabalho. Como os arquivos vão ser compartilhados? Eles já estão disponíveis em um servidor na nuvem?
3. Qual vai ser o canal de comunicação oficial do time?
Defina, com o time, um canal de comunicação para que todos saibam por onde devem se comunicar e trocar informações sobre os projetos.
Dica: procure evitar ligações pelo celular, mensagens SMS ou Whats App. Essas são ótimas ferramentas para uso pessoal, mas para o trabalho, podem acabar descentralizando informações importantes e parte do time corre o risco de ficar sem algum contexto importante.
4. Por onde o time vai acompanhar o progresso de um projeto? E com que frequência isso irá acontecer?
Essa pergunta pode ser respondida de várias formas e todas elas são complementares. Ter uma ferramenta que sirva como gerenciador de tarefas já é um bom caminho. Dessa forma podemos visualizar a evolução de um projeto. Mas, você e seu time também podem (e devem!) combinar de realizar reuniões remotas semanais onde cada um fala sobre os seus avanços, bloqueios e soluções.
Enxergue o que faz mais sentido para o momento em que está vivendo profissionalmente e quais desafios você pode transformar em oportunidades. Tenha sempre em mente: a prática do trabalho remoto não precisa ser encarada de uma forma tão rígida e ela é sobre novas possibilidades e o que precisamos fazer para chegar lá.