E voltando de uma reunião na Avenida Paulista, algo destoa dos andares dos pedestres. Ágil e sem esforço, um homem jovem de camisa e calça social desliza na ciclo faixa em cima de um patinete elétrico. Meu primeiro pensamento foi: Tem algo muito bacana e novo acontecendo na mobilidade urbana que eu preciso entender. Pois é, sejam bem-vindos ao universo das patinetes elétricos compartilhados.
Startups e empresas de aplicativos como 99 e Rappi estão apostando várias fichas para desenvolver mercado e uma nova cultura de deslocamento em São Paulo por meio de patinetes elétricas compartilhadas.
A tendência, que vem das ruas da Califórnia, ficou bastante popular nas ruas da China e Europa. Mas aqui no Brasil ainda tem muito a ser feito, inclusive no que diz respeito a questões ligadas a legislação e roubos.
YELLOW
A empresa Yellow, que já vinha fazendo um trabalho com bicicletas elétricas destravadas por QR Code, aderiu ás patinetes. Por meio de uma parceria entre a 99 e a Caloi, a empresa oferece o serviço na região no Itaim Bibi e os interessados podem alugar a patinete em pontos fixos como no prédio do Google na Faria Lima. A empresa opera com cerca de mil patinetes em São Paulo.
Ride
Uma startup com investimento próprio que opera com 45 pontos privados, ou seja, estabelecimentos sensíveis ao tema como academias, bares, lojas e afins.
A operação está restrita a bairros de classe média alta, como Pinheiros e Vila Olímpia.
Para ampliar a operação, a empresa fechou uma parceria com uma empresa mexicana (Grin), para saltar de 150 patinetes para 500 e outra parceria com a Rappi, para a utilização de sua plataforma de App de entregas. A empresa tem uma média de 100 utilizações por dia.
OUTRS EMPRESSA
A Scoo está em busca de investidores para expandir suas operações inclusive para outras áreas, como patrulhamento e utilização corporativa.
Iomo – a empresa portuguesa atual em Santos e espera expandir para outras áreas metropolitanas
INICIANTES
Para quem espera investir neste setor, os veteranos alertam que existem vários obstáculos, tais como roubos das patinetes, usuários que largam em qualquer lugar e falta de regulamentação especifica.
De acordo com as empresas a maioria dos usuários ainda é executivos de ternos, pessoas que pegam para lazer e turistas.
A operação das patinetes elétricas compartilhadas se baseia no Código Nacional de Trânsito que determina velocidade máxima de 20 Km/h para ciclo faixas e 6 Km/h para áreas de circulação de pedestres para veículos ciclo-elétricos e ciclomotores.
Dockless – Ainda não há no Brasil a possibilidade de deixar o patinete em qualquer lugar.
O custo do serviço varia de 15 a 35 centavos por minutos, mais R$ 1 de desbloqueio
A maioria das patinetes vem da China e tem acelerador, velocímetro, freio, e controle de bateria.
Quando eu andar em uma dessa eu conto para vocês.
Carol Lagôa